sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

REVOADO............................



Não sou muro antigo apenas um lugar distante...
Reconstruo instantes ...se não estiveres presente
Serei Eu mesma e o mais será parte de mim ...
Não ensino porque aprendo sempre ..e se aprendo

Curvo-me ao belo que me Inspiras...embora não sendo chama
desato a trama e rebusco-me das ideias que nem sei de onde, 
dos recuos atávicos que que causam à torcida ...risos ,suspenses
alegrias e vaias...instigando a hora da chegada ...donde

Esbravejarão os fortes e os inocentes sorrirão contentes...
a chegada nem sempre é hora da partida...
e nem a decisão final ...do amanhã- quem responde ?

Na hora em que coro sorris triunfante(...)sangrados corações
desertos patrulhados...onde as horas escoam infinitamente
cambaleando no tempo....tempo,mas que tempo?Lento tempo meu(...)
Só o Instante...

Senso...

eva maria
pelotas rs.
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

SEMBLANTES........................

Por que isso?- Juro que mas não compreendo!

...Ver você é sempre acender a chama ..é reter as avenidas desses caminhos em distâncias refulgidas de paixão nesses mistérios desajeitados,inquietos...caminhados com os pés nas calçadas molhadas com água de cheiro...de ilusão...nas luzes sequiosas de bocas loucas falando ...suspendendo gritos no ar...e tudo se esconde num verso ritmado...na escuridão densa da noite...não o chamo ..você vem...e vem de mansinho ,voz suave devagarinho...verdejando as estradas...escovando caminhos...segredando a noite...a madrugada e os labirintos...quando tudo escorre em lágimas misturadas com a chuva fria... e aí tudo é sonho, tudo floresce ...tudo se encaminha ...com os pés molhados na avenida nua...eu e a lua ...eu a chuva...mude quanto quiser ...sambe e dance todos ritmos açucarados de alma leve e pensamento vadio,no denso escuro,no vazio...e a alma canta ,os olhares enchem-se de gratidão...
Se cidade acende as luzes e correm os fiapos transluzentes ...nas avenidas vazias e teus olhos espreitam os olhos e os sinuosos limbos no bambolear sob o vestido da garota distraída...teu grito secreto esconde tua alma limpa e sequiosa de Amor...os olhos marejam e a menina sorri debochada do meu e teu choro...as pernas longas atiçam ideias e os cães ladram no escuro mordendo o vácuo...o lume ...e o rapaz bem apresentado pega o bonde apressado...sob o olhar verde carregado de insinuação. -E nós ...o que somos, vizinhos invisíveis...eu a pé ,você no volante a espionar as alegres mocidades...dançando caprichosamente nos bares...nas calçadas.Cidade, que cidadela que não dorme...acorda quem chora...no meio da noite.Esgaça o riso das gazelas avermelhadas e sonheiras...assim aos risos pelas ladeiras...e eu parei...ganhando a visibilidade nas águas do rio...pronto cheguei em casa e o rio ficou ...como o teu olhar pelo retrovisor deixando as avenidas ao longe...

REQUA............



Há uma cachoeira derramada dos meus olhos
onde refluo sonhos carregados de saudade
onde o secreto que sonhei reparte o sonho
e onde a lágrima é pérola refinada a ornar a cidade.

Há um brilho de amizade surgida no escuro
onde serás reduto de um séquito esparramado
onde os olhos da serpente alcançarão o futuro
sequestrando os elos dessa saudade esmagada.

rápida como a rapina estenderás tuas asas
onde as planícies darão lugar as montanhas...
onde o céu abrir-se-á em sagas e sanhas...

onde as vertentes correrão os mundos
onde o régio arguirá suas sentenças predestinadas
e onde armar-se-ão rédeas dos arados.

e onde as criaturas abrir-se-ão ensolaradas
da neve densa para o mar profundo.

eva maria
pelotas rs.
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RISOS............

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Como trancar um sonho iluminado pelas estrelas
quando tantas borboletas voam pela imensidão...
quando um coração é recheado de verbenas...
quando o rio deságua na ribanceira do estradão...

e quando esse rio encharca a floresta...
e quando a menina ajoelha-se em rezas
aprendidas em cirandas cantadeiras 
e quando a prece chega no azul da noite seresteira...

Como adiar teu riso se ele surge como as nascentes
se ele trás a água pura fluída em correntes...
se ele é fruto,ramo, colheita e semente...

como embalar o vento surgido mas tempestades
quando o frio refresca o calor das baladas...
E quando o Amor triunfa em chuvas almiscaradas(... )

Então
Salve-se o amor
mesmo embalado
com as tempestades.

eva pelotas rs.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

SEM ECO...........



Há esse não estar dissecado de vontade
quando tua presença não se mostra em amizade
quando teus olhos não faíscam novidades
quando te afastas,no silêncio da saudade...

E as minhas dúvidas em turbilhão entrincheiradas
nesse limiar entre o vazio e o inusitado...
há essa busca do presente assustado...
de coisas boas que vivemos enamorados.

há esse motim em que me enfiei desesperada
revolvo-me em mil braços, mas me fechas em fumaças...
E assim vou ao encontro do teu riso alargado.

Há uma esperança turbinada de frescor...
onde tudo habita em serenidade e amor...
onde nossos olhos se encontram como estrelas espargidas

E onde refulgem nossos sonhos como mar e vida!

Para refletir.
eva maria rs
pelotas.
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