sábado, 29 de dezembro de 2012

Reponteio...........





Meu ponteio não vem só com lua cheia
vem com a seresta que faço
vem com o brilho dos teus olhos...
como o repasto não dos faustos
mas da alegria(...)...da fantasia.

Não sou reproche de meus nadas
mas o alimento das baladas...
aquelas que teu peito embala...
não sou a bala que perfura
e sim a brandura do encantamento(...)

Teu momento há revestir-se de ternura...
Aquela da alma perdida na dureza
que encanta...tal como se fez, e faz o cotidiano.
Não sou soprano...porque a nota não alcança...
mas pelo menos mezzo de tua esperança.

E nessas andanças, luanças da vida
recomponho a dança. ..essa que mescla-se
ao compasso do andar festivo no regorgeio
das andorinhas...no festejo balançado dos trigais.
nos ais das saudosas ladainhas...marias...
arcanjos...desertos estradas...luares caminhos.

Tudo no sequestrado avesso que reclamas
no sequestrado avesso das chamas...da poeira
a encobrir o sorrir do teu dia em diáfano pano
por detrás da aurora ...aquela em que o feltro
encobriu a história...retrato vivo que ora desabrocha...

não como a rosa, mas como tocha
repositária de todas as verdades.
almanaque diluído no tempo...
um tempo que se fará com refestas
de todas as tuas serestas requisitadas...
embaladas no mais fundo do teu âmago.

para você ...

eva pelotas rs.
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Estranhamento.........



Invento sonhos para matar o tédio das tardes...
do que não digo
do que não permites
do que não transito(...)

Invento o inusitado
sem inusitamento nenhum...
sabendo que dor trancada...
é dor só de um...
não inventei o medo...
ele já não me acompanha
nesse caminho estranho
de paradoxos(...)

Não inventei as paixões...
elas são moradas do ser humano...
em algum momento...

Agora... tudo inerte...
e eu refervendo...
minha caricatura
estampada
atravessou mundos.

Meus sulcos,enormes crateras
entoam canções distantes.
Não diviso as distâncias...

Não campeio caminhos...
eles chegaram...
tragados que foram
as bocas gritaram...
blasfemaram
multiplicaram-se(...)

O círculo fechou...
Os aplausos começaram.
A lona abriu-se...
O palhaço gargalhou...
A multidão ensandeceu.

A fúria enveredou
entrou...
aquietou-se
emudeceu...

E o menino
de riso suave
a beijou(...)

Para adoçar
os dias
as horas e
os medos!

eva maria- pelotas. rs
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