Quando acerco-me de teu semblante quase puro...
sem arrebatamentos sutis devastadores...lembro...
que ouro é silenciar o que nos é sumo...liquefeito...
de todos os sabores...que diz a primavera ...setembro...
e logo vem a chuva alargando os rios..
vestindo a paisagem germinada...
de onde se fará terra brotada ...
enchendo nossos olhos de alegria...
aí revolve-me o pensamento etéreo...de saber...
que tudo pode ser efêmero...como as luzes...
ardilosas falas ...palreadas...que os desentendidos...
dos que, do faz de conta argúem...e levam-nos ao refluir...
de suas revelias esparramadas...em chamas que seduzem...
e depois enterram-nos ...se possível...em cinzas espargidas...
e assim quase no fundo,...mas ainda há vida...
e primo por ela sempre viva..flor..história renascida...
da noite densa..onde se escondem...todos os que subjugam...
transitam e fazem...com a nossa dor...o suporte das feridas...
as sanhas mais cruéis...vertendo avermelhada...a chaga...
de sangue...pela espada derramada...e mesmo assim...
num último lamento ...derradeira terra...
luta...escaramuça .. e ergue-se - a vida.
para refletir
e só a mim endereçada...
tudo meio sem sentido...
eva maria
17 de julho 212.
pelotas rs.
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